Em tempos de grandes e constantes mudanças, como o que estamos observando agora, a sociedade busca solucionar desafios de forma ágil e assertiva. Como fazer parte de uma rede de contatos forte e estar genuinamente disponíveis para ajudarmos uns aos outros é o que será tratado neste post.

Participei de um treinamento liderado por um dos mais renomados institutos de ensino de negócios do Brasil. Um dos instrutores foi o Ricardo Amorim, economista, empreendedor e palestrante Brasileiro que sigo e admiro. Gostei bastante do que ouvi, e embora não seja um tema novo para mim, me fez revisar conceitos e revisitar crenças. O post discorrerá sobre esta reflexão realizada.
Em tempos de crise, as pessoas tendem a sofrer com diversos tipos de dificuldades como : adversidades econômicas e trabalhistas; problemas de saúde causados pela pandemia; problemas de ordem neurológica causados pelo confinamento necessário; além de mudanças culturais de cunho preventivo que impactaram a economia das famílias.
Em consequência disto tivemos o individualismo exacerbado, relações estremecidas, perdas de emprego, divórcios, etc. Daí vem a necessidade de sermos mais humanos, de buscarmos o fortalecimento das relações e dos elos que as compõem.
As pessoas e entidades estão sem tempo. Seu interesse está voltado em ultrapassar desafios com precisão (sem erros) no menor espaço de tempo possível. Isto significa ainda que contatos inócuos serão evitados. Com este cenário em evidência, quando buscarmos um contato profissional ou pessoal necessário, que este seja feito primeiramente buscando proporcionar algo à outra parte. Explicando, que seja direcionado a ajudar a outra parte para que haja interesse e reciprocidade, qualquer coisa diferente disto, conclui-se que estamos em busca de resolver unicamente nossos anseios pessoais, com risco grande de o elo ser quebrado.
Na área de tecnologia precisamos estar sempre antenados, aprendendo e compartilhando conhecimento a todo momento. Mais do que isso, precisamos apoiar continuamente entidades a prosperarem através do uso da tecnologia, embarcada em seus processos e negócios de forma criativa. Cada caso é peculiar ao negócio e requer engenharia diferenciada para a criação de uma arquitetura funcional e segura. Sendo assim, criar uma rede de contatos profícua é de suma importância, pois durante este processo muitas partes serão envolvidas no desenvolvimento prático e intelectual.
Para que haja esta troca constante, é fundamental ter um Networking criado e fundamentado em interesse. Networking vem de Network que significa “rede segura”. Networking então se traduz em “construir uma rede segura”. A palavra segura vem de construir elos resistentes. Criar estes elos e os manter ativos e resistentes é um grande desafio. Daí vem a necessidade de sermos genuinamente verdadeiros de modo não somente a criar e unificar estes elos, mas mantê-los ativos.
Para fazer parte de uma tribo é necessário ser importante para ela. Ser alguém que ajudará a manter a estrutura grupal homogênea. Construir este processo, demanda tempo e esforço onde credibilidade será essencial. Isto não acontece de uma hora para outra, requer humildade para reconhecer primeiramente os seus erros e fraquezas deixando que saibam sobre elas e te vejam de forma mais humanizada. As forças e competências devem ser “percebidas e reconhecidas” pelo grupo de forma natural. Ou seja, a menos que o peçam que diga sobre, recomenda-se deixar que reconheçam tais competências de forma meritocrática.
Sendo assim, fazer com que as pessoas da sua rede o considerem relevante e possam se engajar mutuamente em ações, demanda a necessidade de: encontrarem “pontos de interesse que sejam comuns”; ter “afinidades percebidas”; e acima de tudo encontrar “complementaridades necessárias”. O que posso fazer pelos outros de forma relevante? O que temos de afinidades que nos unem que podemos mutuamente explorar? O que tenho que pode ser complementar para o meu grupo, melhor ainda, para aquela pessoa do grupo? Como posso ajudar genuinamente o outro?
Quando buscar alguém na sua rede, buscar entregar algo relevante e que realmente vai ajudar a outra parte, entregar algo “muito legal” e sem nada em troca, apenas porque você gosta de estar disponível e ajudar. E se um dia receber algo em troca, será por um dia ter sido relevante àquela pessoa, por ter feito a diferença a ela.
Ser reconhecido é sinônimo de autoridade não tóxica. O que isso significa? Significa ser lembrado por seu legado positivo. Significa ser uma referência positiva para as pessoas e ser referenciado como um bom exemplo. Não por ser autoritário e egocêntrico.
Ser memorável. Significa tudo o que está acima e mais, entregar além das expectativas da outra parte. Sempre tentar surpreender a outra parte positivamente.
Visão 360 graus sob o aspecto de escassez, ou seja, o que tenho no momento que não se encontra com simplicidade e facilidade? Se tenho algo assim, significa que é valioso para a outra parte. Pergunte a si mesmo o que possui que é de grande valia para sua empresa, sociedade, para sua tribo e proporcione a ele(a) este benefício. Seja relevante, seja memorável!
Por fim, não esquecer de alimentar a sua rede. Precisa ser consistente a ela. Consistência genuína, buscar trocar mensagens, fazer contatos telefônicos, enfim, interagir com a outra parte sempre que possível e não somente nos momentos em que necessita de algo. Tenha disciplina neste quesito, não é fácil, mas necessário. Não pareça ser um oportunista, mas ser um aglutinador, criando uma rede sustentável e forte.
De tudo o que pude aprender neste treinamento, estes foram os pontos que me fizeram pensar muito e que gostaria de compartilhar no blog de forma genuína e com propósito único de ajudar, acreditando que a energia positiva sempre volta em forma de prosperidade. Sejamos responsáveis por aquilo que construímos e humanos!