Desenvolvemos a identidade durante praticamente toda a vida, mas o desenvolvimento crítico preponderante para o futuro do trabalho se desenvolve na adolescência e isto requer atenção especial de todos nós já!

As famílias passam a discutir com maior intensidade um maior investimento no ensino de seus filhos adolescentes, mas precisamente o ensino médio. Não obstante, os pais planejavam suas economias para investir no ensino universitário, pois até então se tratava do principal desenvolvedor de talentos para o mercado de trabalho. Contudo, o ensino médio de qualidade e “multifacetário” passa a ser o gatilho para o futuro do trabalho e deve ser considerado como pelo menos metade deste percurso de formação do indivíduo.
Mas, por que isso? Explico: porque o mercado de trabalho exige sentido crítico altamente capaz, exige cognitividade alta, exige que as pessoas tenham um grau elevado de consciência motivacional e emocional, exige senso de aprendizado contínuo, exige curiosidade e alto senso de resolução de problemas, exige poder de comunicação e por fim empatia para com o próximo. Sem falar do conhecimento tecnológico tendo em vista que 100% dos profissionais lidam e lidarão com tecnologias altamente qualificadas para desempenharem os seus trabalhos.
Desenvolvemos todas estas habilidades quando adolescentes. As escolas buscam fortemente se adaptar de modo que possam acomodar o desenvolvimento destas habilidades no método de ensino. Hoje não basta à escola possuir nome e boa reputação, claro que isto é importante, mas passa pela avaliação dos pais a capacidade da instituição de oferecer ambiente saudável, tecnológico e com condições profícuas de ensino voltado ao desenvolvimento da criatividade, senso crítico, ser empático, senso de adaptabilidade ágil e aprendizado contínuo.
Como expliquei em outros posts do blog, a habilidade de se aprender rapidamente algo, bem como de rapidamente desaprender para assumir um novo papel, será fundamental para os profissionais do futuro. Este sentido de adaptabilidade e flexibilidade de absorção de conhecimento se desenvolve na adolescência, a forma de pensar (mindset) é definida praticamente nesta fase da vida.
Empresas enfrentam cada vez mais dificuldades de encontrar pessoas com habilidades técnicas necessárias no mercado e isto é sabido há tempos. Contudo, estas dificuldades passam a ser somente metade dos problemas, afinal estas mesmas empresa buscam profissionais muito mais completos, recheados de habilidades extras, como as de adaptabilidade, aprendizado contínuo, curiosidade, inteligência emocional, capacidade de resolução de problemas, raciocínio lógico, cognitividade alta e outras mais.
Este é um desafio das empresas, das escolas e da sociedade em geral. Tenho visto empresas desenvolvendo suas próprias “Universidades Corporativas” para difundir os conhecimentos que lhes interessam. Alguns inclusive aliam este foco com o desenvolvimento das classes menos favorecidas da sociedade, muitas vezes sem custo para o profissional, o que considero um movimento acertado, pois a empresa poderá valorizar sua marca. Além disto, estão criando ambientes de trabalho que proporcionam ao empregado liberdade de expressão, flexibilidade, desenvolvimento, diversidade e motivação, ou seja, um ambiente propício para receber este novo perfil de profissionais.
Finalmente, agora é a hora para pensarmos no futuro das próximas gerações. Um Ensino Médio remodelado e modernizado será fundamental para o que este futuro profissional será. Isto se refletirá em sua liquidez no mercado. Sem contar que estes novos e necessários conhecimentos também devem ser desenvolvidos dentro de casa. Isto passa pelo consumo de conteúdo que oferecemos, passa pela qualidade dos autores, pela tolerância às perguntas dos filhos, pela adaptação dos pais às respostas ao serem desafiados por eles, pela paciência com o não entendimento de situações e por fim pela dedicação infinita dos pais para que seus filhos se desenvolvam de forma saudável, respeitando seu espaço e reconhecendo o seu desenvolvimento. Se aliarmos estrutura emocional e racional dentro de casa, com boa educação nas escolas e pluralidade de conhecimentos entregues, teremos profissionais qualificados para o futuro.
a tecnologia é boa, mas vejo muitas crianças que não sabe o que é brincar na rua….
https://saudedefinida.com.br
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