As empresas se preparam para receber os funcionários e se preocupam em manter condições saudáveis. Mas como fica a privacidade das pessoas? E como manter a segurança das informações garantindo produtividade e eficiência?

Segundo pesquisa do Gartner intitulada de “Os 6 princípios da Privacidade dos funcionários”, para proteger melhor a si e aos seus funcionários, há organizações que decidiram implantar um sistemas de monitoração dos trabalhadores quando eles retornarem ao escritório seguindo o modelo de controle para a COVID-19. Tal modelo consiste em distribuir alguns aplicativos instalando-os em celulares, ou através da distribuição de dispositivos que medem a proximidade das pessoas emitindo um pequeno sinal de áudio como um lembrete da distância social.
A princípio, estes equipamentos ou aplicativos não coletam ou processam quaisquer dados e não rastreiam onde o usuário esteve. O resultado esperado é permitir que o empregador forneça aos funcionários segurança e privacidade sem que tenham de trocar um pelo outro.
Conforme os funcionários voltarem ao trabalho, os empregadores coletarão mais dados para garantir que haja segurança sem impactos profundos na produtividade. Ao adotar uma abordagem baseada em risco, levando em consideração quais dados serão coletados e como serão usados, as organizações pretendem proteger os funcionários enquanto gerenciam o risco de privacidade.
“Quanto maior o risco, mais importante é justificar que uma solução específica é de fato equilibrada e proporcional ao risco que estamos avaliando”, diz Bart Willemsen, Analista Vice Presidente do Gartner.
Segundo a pesquisa, existem 6 princípios para orientar a coleta de dados de funcionários com base nos riscos:
- Processamento proposital : Coletar dados com finalidade pré-definida. Apagá-los após o uso, considerando que não mais faça sentido mantê-los.
- Proporcionalidade : Criar uma padrão para que não haja abusos e que possa satisfazer seus objetivos. Qualquer medida além do objetivo e que afeta o risco em demasia, deve ser desconsiderada ou ajustada.
- Subsidiariedade : Que quantidade de dados é suficiente? Pode-se atingir o mesmo objetivo com menos dados? Colete apenas a quantia mínima necessária.
- Transparência : Não faça nada no escuro. Deixe claro para a equipe quais dados se coleta, para quais finalidades e quem terá acesso.
- Obrigatório ou não : Aplicar medidas igualitárias para todos, importante prevenir a discriminação e proteger a autonomia.
- Baseado em risco : Tome decisões à luz dos riscos, reconhecer que as decisões estão sujeitas a mudanças. Ajuste conforme evolua.
Faz parte da fase 3, retomada, através do plano montado pela empresa, que se mitiguem os riscos. Cada empresa o fará de forma profissional e normativa para que se possa evitar tais riscos, mas é mandatório que sejam verificados os limites de segurança e privacidade, bem como atendam às metas de produtividade. Este tripé precisa de fato ser analisado com cuidado pelas áreas competentes sob a ótica dos riscos para o negócio, internos e externos.
Finalmente, ações oriundas do plano de retomada precisam garantir a produtividade do time uma vez que as empresas precisarão acelerar ao máximo para recuperarem possíveis prejuízos oriundos da pandemia.