Estamos entrando na fase três do processo, o de retomada, ou pós-pandemia, a qual está afetando diretamente as nossas vidas. Empresas, governos e população estão se preparando para a retomada gradual planejada. Quem sairá mais forte deste processo?

O relatório anual do Gartner Inc. entitulado CIO Agenda 2020, demonstra que, dentre outros pontos , empresas que enfrentam processos de disrupção e conseguem sair fortalecidas, são chamadas de empresas do tipo “Fit”, ou seja, são empresas que saem melhores condicionadas deste processo. Já o contrário, são empresas do tipo Frágeis. Então, o convido a fazer uma reflexão: quantas empresas serão consideradas do tipo Fit passada a crise que estamos enfrentando?
Empresas que neste momento estão preocupadas com os seus funcionários, com os cidadãos da cidade em que estão, com a economia local, certamente sairão melhores do que entraram. Pelo menos no que diz respeito aos processos, sistemas e pessoas, bem como com relação à sua imagem perante ao mercado. Certamente aprenderam, aproveitaram o momento e evoluíram, logo sairão transformadas.
Esta semana assisti à interação pelo LinkedIn entre dois influenciadores geniais, Ricardo Amorim e Allan Barros com o título de: Estratégia de Comunicação para o Pós-Pandemia. Comentaram, dentre outras coisas interessantes, que empresas que aproveitarem este momento para fortalecer os laços com seu ecossistema de clientes e parceiros, sairão mais fortes disto tudo. Não é hora de ganhar dinheiro com seu fornecedor e o fornecedor com o cliente, é hora de se ajudarem para que todos possam continuar a produzir, coexistir e retomar o crescimento. Esta sensibilidade precisa estar contida nas discussões da retomada, a preocupação com a economia e com a sociedade em si de igual modo.
Neste momento, a força está na união de todos os jogadores. O momento pede para que as partes envolvidas trabalhem para encontrar soluções que possam preservar e criar novos empregos, ajustar despesas e investimentos e continuar a produzir, afetando a economia positivamente no curto e médio prazo.
O fato é que aparentemente não será uma tarefa tão fácil, afinal se trata de algo novo para todos os envolvidos e não existe uma fórmula mágica para que o consumo volte rapidamente e as empresas voltem a funcionar como antes. Grande parte das pessoas foi impactada com redução de salário, donos de empresas impactados com a lucratividade, investimentos parados, o governo com o foco na saúde da população, ou seja, falta dinheiro na economia.
Olhando o copo meio cheio agora, existem oportunidades novas aparecendo no ramo da tecnologia, que passa a ser uma aliada forte para aumentar a eficiência e a produtividade, diminuir riscos e melhorar a imagem da empresa. O foco está em continuar a prover produtos e serviços de forma inteligente. A experiência do cliente já era foco e agora se tornou mais do que fundamental para a retomada, será uma disputa digital pela experiência do usuário.
Como exemplo prático, do “caos”, as agências digitais, aceleradoras digitais e empresas de desenvolvimento de aplicações sob medida voltadas à inovação e automação de processos, entraram na mira destes ecossistemas que já estavam estabelecidos e encontraram um lugar ao sol em meio à tempestade que vivemos. Muito por sua flexibilidade, agilidade e preço acessível, mesmo para as pequenas e médias empresas.
Creio que haverá uma crescente preocupação com a valorização das marcas. Se investirá mais em ações de marketing e sociais para torná-las marcas com propósito, ao mesmo tempo que a experiência do cliente estará cada vez mais em linha com a potencialização da valorização da marca.
Cada ecossistema trabalhando de forma efetiva, convidando novos e habilidosos jogadores que possam complementar de forma inteligente o modelo funcional e econômico, fará com que muitas consigam passar por esta última etapa do processo sendo mais eficientes, mais inteligentes, mais humanizadas e sendo “Fit”.